O
movimento “marcha das vadias” surgiu em 2011 no Canadá e ganhou
projeção mundial. Após vários estupros na Universidade de
Toronto, um dos guardas da universidade comentou que na opinião dele
os estupros ocorriam pelo motivo das mulheres se vestirem como
“Vadias”.
Agora,
em 2012, mulheres do mundo todo marcham em defesa do fim dos atos
violentos contra a mulher, pela liberdade feminina e pelo direito ao
corpo. São milhares de homens e mulheres em todo o mundo
questionando, denunciando e trazendo à tona os problemas do machismo
para a nossa sociedade.
Marcharemos
em Alagoas porque só em 2011 morreram 142 mulheres do nosso Estado
vítimas da violência, na maioria das vezes doméstica. Porque no
nosso Estado, há um atraso social que não garante segurança a
ninguém, qualquer classe que seja, mas principalmente a quem não
pode pagar por ela.
Marcharemos
pela efetivação e ampliação da lei Maria da Penha e por mais
delegacias de mulheres no Estado de Alagoas. Marcharemos contra a MP
557 (pela autonomia do corpo e
saúde da mulher e não apenas um cadastro gestação) e também
pela regulamentação do aborto por entendermos que este seja um
problema de saúde pública. Marcharemos contra os cortes de 5,5 bi
na saúde do Governo Federal e pelo foco na saúde integral da mulher
e não somente a maternidade, pela construção de mais creches
públicas.
Marcharemos
por uma equiparação salarial entre homens e mulheres; marcharemos
em defesa das mulheres lésbicas, das mulheres negras, das mulheres
pobres, das mulheres trabalhadoras e também para denunciar o papel
na mídia para estigmatizar os estereótipos da mulher negra bem como
em incitar todo tipo de violência contra a mulher.
Marcharemos
enfim por que é preciso responder às constantes agressões verbais
e físicas, aos assédios sexuais e morais, por que é preciso
responder a uma sociedade que teima em ser machista com homens e
mulheres, que teima em chamar de “vadia” quem apenas teima em ser
livre.
Talvez, o nome “vadia” ofenda! Ele ofende, realmente. Ofende
muito ser chamada de “vadia” quando se tenta ser feliz, quando se
tenta ser mulher, quando se tenta ser livre. Mais que ofender ou se
sentir ofendido com esse termo “vadia”, ofende muito mais saber
que a violência é uma constante e que ela ainda serve para termos
nossas liberdades individuais reprimidas, seja homem, seja mulher.
O
termo “vadia” ofende, é verdade, mas o machismo faz muito mais
do que ofender, o machismo mata. Ofende muito menos do que conviver
com a desconfiança, a insegurança e o medo.
Convidamos
todos a marchar conosco, sejam homens ou mulheres, marchemos por uma
sociedade mais justa e livre.
Marcha
das Vadias Alagoas
Baixa a nossa carta convite AQUI!!
2 comentários:
Eu amei o texto! a marca e o logo, estão perfeitos!
Concordo com a Ana..
Republiquei a postagem em meu Blog:
http://orlandonobre.blogspot.com.br/2012/06/marcha-das-vadias-alagoas.html
Sou a favor da vida ;)
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